Category Archives: acervo da bedeteca

Ladrão que rouba ladrão, mil anos de perdão!

samplerA Chili Com Carne reeditou Fearless Colors do francês Samplerman, publicado originalmente pela MMMNNNRRRG em colaboração com a Kuš! e Ediciones Valientes, em 2017.

O livro compila algumas das melhores páginas de BD que Samplerman produziu entre 2012 e 2015. Pode-se dizer que elas fazem homenagem aos “comic-books” norte-americanos dos anos 40 e 50, sendo misturados tal como uma viagem de um DJ. Atravessando géneros clássicos como o romance cor-de-rosa, o policial, a ficção científica e o terror, algumas das páginas tanto se identifica excertos de Fletcher Hanks como o “Samplerman original”: Ray Yoshida. Violência, acção, disparos, naves espaciais, micróbios e bactérias, corpos mutilados são remontados numa colagem fractal que nos possibilitam novas formas de narrativas e leituras.

Por detrás de um super-heróis há sempre o alterego. Neste caso de Samplerman esconde-se o desenhador francês Yvang. Começou com a experiência Samplerman em 2012 através do tumblr ZDND (La Zone De Non-Droit) juntamente com o irrequieto Leo Quievreux, tendo contaminado a web desde então. Mais marado é que o Samplerman é que tenha feito uma capa para um número da série Doom Patrol.

Obra seleccionada para a Bedeteca Ideal

PS – entretanto já chegou um exemplar do livro à Bedeteca de Lisboa!

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Medicina Gráfica na Bedeteca

A Medicina Gráfica anda por aí. Criada pelo inglês Ian Williams implantou-se na vizinha Espanha como no Japão. A “Medicina Gráfica” pretende o uso da BD, ilustração e infografia como ferramentas de comunicação sanitária. A Bedeteca de Lisboa deveria preparar uma listagem de obras deste tipo, até podemos ajudar:

Biografar a doença

  • Alice num mundo real (Levoir; 2016), de Isabel Franc e Susanna Martín – autoficção, cancro da mama, mastectomia
  • American Splendor (DVD, Atalanta; 2004), de Shari Springer Berman e Robert Pulcini – autobiografia, documentário, profissional em hospital, linfoma, cancro – ver Our Cancer Year
  • A minha casa não tem dentro (Abysmo; 2016), de António Jorge Gonçalves – autobiografia, trauma,  Lesão de Dieulafoy, coma, morte branca, apagamento, relação paternal, miúdos
  • Cancer (MMMNNNRRRG; 2017) de Tilda Markström – Cancro da mama, amor, morte
  • Comprimidos Azuis (Devir; 2012) de Frederik Peeters – autobiografia, relação amorosa, HIV, SIDA, seropositivo, crianças com SIDA
  • El Deafo (Amulet; 2014) de Cece Bell – autobiografia, surdez, falta de audição, miúdos
  • Our Cancer Year (Four Walls eight windows; 1994), de Joyce Brabner, Harvey Pekar e Frank Stack – autobiografia, quimioterapia, linfoma, cancro – ver American Splendor
  • Porta do Céu (Sendai; 2023) de Naomi Akimoto – biografia, amizade, cancro, morte, macrobiótica, acompanhamento médico e familiar
  • Sorri (Devir; 2015), de Raina Telgemeier – ficção, miúdas, higiene oral, dentes
  • The Spiral Cage (Titan; 1990), de Al Davison – autobiografia, espinha bífida, deficiência, religião, zen

Afastar o Medo (obras institucionais e divulgativas)

  • Saber mais… Cuidados Paliativos com o DP (Instituto Politécnico de Beja + Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos; 2021), de Ana Paula Figueira e Pedro E. Santos – cuidados paliativos, divulgação
  • Um Passeio ao outro lado da noite (Centro Regional de Alcoologia do Centro Maria Lucília Mercês de Mello; 2001), de José Carlos Fernandes – alcoolismo, prevenção, juvenil
  • Vai pelo seguro (Fundação Portuguesa A Comunidade contra a Sida; 1998), de Francisco João Telmo de Sousa Pinheiro – SIDA, HIV, prevenção, aluno do secundário

Corpo feminino

  • “O Castigo” de Bárbara Lopes in Nódoa Negra (Chili Com Carne; 2018) – ensaio, gravidez, parto
  • Fruit of Knowledge (Virago; 2014) ou O fruto proibido (Bertrand; 2021), de Liv Strömquist – ensaio, vulva, genitalia, opressão patriarcal, feminismo
  • Gravidez (Musaraña, Tigre de Papel; 2017), de Júlia Barata – autobiografia, gravidez, parto
  • “SientoYsangro” de Dileydi Florez in Nódoa Negra (Chili Com Carne; 2018) – autobiografia, ginecologia, endometriose

Médicos Sem Fronteiras (médicos na BD)

  • Carolina Beatriz Ângelo (Âncora, 2016), de José Ruy – biografia, Carolina Beatriz Ângela, médica, cirurgia, feminismo
  • Freud para principiantes (Dom Quixote; 1982), de Richard Appignanesi e Oscar Zarate – biografia, ensaio, Freud, psicologia
  • Le Photographe (3 volumes, Dupuis; 2003-06), de Guibert, Lefèvre e Lemercier – autobiografia, Médicos Sem Fronteiras, Afeganistão anos 80
  • Osamu Tezuka (4 vol., Conrad; 2003-04), de Toshio Ban e Tezuka Productions – biografia, médico

Monstros (ficção)

  • The Alcoholic (Vertigo; 2008), de Jonathan Ames e Dean Haspiel – alcoolismo, toxicodependência, depressão
  • Black Jack (2 vol. disponíveis, DVD, Tezuka Productions; 2007), de Osamu Tezuka [et al.] – aventuras, médico, humildade, humanidade, assistência
  • Black Hole (Patheon; 2005), de Charles Burns – ficção, doença juvenil
  • Handyburger (revista Stripburger #18, Stripcore; 1998?), de v/a – deficiência física, jovens, experimental, underground, artístico
  • Homunculus (15 vol. Tonkam; 2005-11), de Hidéo Yamamoto – trepanação, exclusão social, experimentação ilegal
  • Kirihito (Delcourt; 2006), de Osamu Tezuka – infecção contagiosa, doença física, exclusão social
  • Léo, o puto surdo (Surd’Uinverso; 2006), de Yves Lapalu – humor, gags, surdez, falta de audição, miúdos
  • Madburger (Stripcore; 2002), de v/a – doença mental, sanidade, experimental, artístico. Nota: inclui um excerto de Cuckoo de Madison Clell
  • [Malitska:] (Polvo; 2001), de Francisco Oliveira e Miguel Rocha – ficção, prostituição, HIV, SIDA, exclusão social
  • O Médico da Aldeia (Íman, 2002), de Franz Kafka e Nuno Caravela – ficção, adaptação literária, Kafka, médico da aldeia, absurdo
  • O Mergulho (Ala dos Livros; 2022), de Séverine Vidal e Victor L. Pinel – ficção, cuidados com terceira idade, sexualidade
  • The Minotaur’s Tale (VG Graphics; 1992), de Al Davison – autoficção, lendas gregas, violência urbana, deformidade, beleza
  • Monster (18 vol., Viz; 2006-08), de Naoki Urasawa – thriller, médico, eugenia
  • Não me esqueças (Asa; 2023) de Alix Garin – ficção, Alzheimer, cuidados com terceira idade
  • Rugas (Bertrand; 2013) de Paco Roca – ficção, Alzheimer, cuidados com terceira idade
  • Talco de Vidro (Polvo; 2015), de Marcello Quintanilha – thriller, dentista, trauma, ética
  • Zil Zelub (Presença; 1973), de Guido Buzzelli – ficção, descoordenação motora, deficiência física, psicologia, exclusão social, ecologia

Obras de Referência

  • Il Medico a Fumetti (Editiemme; 1979), de Luigi F. Bona e Dário Mogno – antologia, ensaio sobre a medicina na BD, médico, aventura, hospital militar, biografia, Norman Bethune, Louis Pasteur, Edward Jenner, vacina, Alexander Fleming, penicilina, raiva, Vietname, OMS – Nota: nesta compilação encontra-se Norman Bethune na China, biografia do médico, obra de propaganda chinesa publicada pelos maoístas nos anos 70: Edições Cultura Proletária, 197_.
  • La Santé dans les Bandes Dessinées (Frison-Roche / CNRS; 1992), de Philippe Videlier e Pierine Piras – ensaio sobre medicina na BD, aventura, médicos, gesto médico, medicina alternativa, doença como elemento narrativo, riscos do meio, peste, saúde mental, toxicodependência, alcoolismo, tabagismo, nutrição, ecologia, prevenção

Quarentenas

  • Diários do Corona (2 vol.; Fojo + O Gorila; 2020-21), de Bruno Borges – autobiografia, família, confinamento, covid-19, humor
  • No Lazareto (Pim!; 2020), de Rafael Bordalo Pinheiro – 1879, lazareto de Lisboa, quarentena, doenças tropicais
  • Quarentugas (Polvo; 2021) de André Oliveira e Pedro Carvalho – humor, confinamento, covid-19
  • Vírus (Xerefé; 2021), de André Ruivo – desenho, humor, covid-19, confinamento

Saúde Mental

  • Acedia (Chili Com Carne; 2016), de André Coelho – autoficção, problemas oculares, depressão, alucinação
  • O Andar de Cima / The Upper Room (Ar.Co + Chili Com Carne; 2014), de Francisco Sousa Lobo – ficção, cérebro, tortura, trauma, neurologia
  • Arkena ja sunnuntaina / On weekdays and sundays (Hyeena-kustannus; 2008), de Johanna Lonka – antologia, autobiografia, algumas curtas sobre depressão
  • A Arte de Voar (Levoir; 2015), de António Altarriba e Kim – biografia, suicídio, cuidados com terceira idade – Nota: ver A Asa Quebrada
  • A Asa Quebrada (Levoir; 2016) de António Altarriba e Kim – biografia, maternidade, deficiência física, sexualidade
  • Batman : uma história verdadeira (Levoir; 2017), de Paul Dini e Eduardo Risso – autobiografia, violência urbana, trauma, male fantasy power trip
  • Cuckoo (Green Door; 2002), de Madison Clell – autobiografia, múltiplas personalidades, transtorno dissociativo de identidade, trauma
  • O Desenhador Defunto / The Dying Draughtsman (Chili Com Carne; 2013), de Francisco Sousa Lobo – autoficção, esgotamento nervoso, episódio psicótico. Nota: ler “London Falling” in Zona de Desconforto (Chili Com Carne; 2013) ou Pequenos Problemas (Chili com Carne; 2018) em que o Desenhador é explicado em registo autobiográfico.
  • Disappearance Diary (Ponent Pon; 2008), de Hideo Azuma – autobiografia, depressão, sem abrigo, alcoolismo
  • Eu, Louco (Ala dos Livros; 2019), de Antonio Altarriba e Keko – ficção, policial, psicólogo, paranoia, conspirações, indústria farmaceutica
  • Maria e eu (Asa; 2012) de Miguel Gallardo e Maria Gallardo – autobiografia, crianças autistas
  • Tempos Amargos (Levoir; 2017), de Étienne Schréder – autobiografia, depressão, prisão, sem abrigo, alcoolismo
  • A Viagem (D.Quixote; 2023) de Agustina Guerrero – autobiografia, diário de viagem, Japão, aborto, ansiedade
  • Xeique PHDA (Chili Com Carne; 2023), de Marko Turunen – biografia, Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção, Esquizofrenia

SEXO

  • A Arte de Bem-Amar (Pergaminho; 1990), de Luc Norin e A. Wamry – sexualidade, educação sexual
  • 2 Histórias de Amor (Douda Correria; 2019), de Júlia Barata – sexualidade, poliamor
  • Género Queer (Asa; 2023) de Maia Kobabe – sexualidade, queer, LGBTI+
  • História do Sexo (Gradiva; 2017), de Philippe Renot e Laetitia Coryn – história da sexualidade ocidental

Outras sugestões:

  • The Comics Journal #305 (Fantagraphics; 2020), v/a – Medicina Gráfica, entrevistas, artigos, HTML Flowers, Georgia Webber, Rebecca Kriby, Maria Sweeney, Patrick Dean
  • Kaisa Leka – autobiografia, mobilidade, amputação, próteses

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Cagliostro 4k

Muito antes dos Oscars, por O Rapaz e a Garça e A Viagem de Chihiro, ou de outros prémios do cinema, e de uma cinematografia que inclui títulos como A Princesa Mononoke ou O Castelo Andante, houve um filme que iniciou a carreira de Hayao Miyazaki, um dos mais aclamados realizadores da história da animação.

Lupin III – O Castelo de Cagliostro, a primeira longa-metragem realizada por Miyazaki chega aos cinemas portugueses, pela primeira vez, a 11 de abril, em versão remasterizada em 4K. A descoberta no grande ecrã acontece neste ano em que se celebra o 45º aniversário da estreia mundial do filme.

Dizem: No crepúsculo da sua carreira, o maior e mais recente roubo do ladrão cavalheiro Lupin III encontra o que deveria ser sacos de dinheiro de um casino nacional, mas acaba por ser uma falsificação magistral! Com o seu parceiro de crime Jigen, Lupin segue para o país longínquo Europeu de Cagliostro para se vingar.  (…)

Com argumento escrito por Monkey Punch, Hayao Miyazaki e Haruya Yamazak, Lupin III – O Castelo de Cagliostro foi produzido em tempo recorde entre Julho e Novembro de 1979, estreou no Japão em Dezembro desse ano, e desde então começou a encantar espectadores por todo o mundo.

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Alerta vermelho

Dada à quantidade de lixeira que se tem publicado de Mangá ou pseudo-Mangá, claro que ignoramos a existência de Mars Red de Bun-O Fujisawa (a) e Karakara Kemuri (d) saído no ano passado pela Midori. Agora que chegou o primeiro volume à Bedeteca de Lisboa e lendo a coisa, descobrimos que tem aquela qualidade fixe: vampiros, “cute boys”, serviço secretos, império nipónico (cóf cóf cóf),… Entretanto foi lançado o terceiro e último volume.

A BD baseia-se na peça de teatro homónima de Fujisawa, escrita em 2013, originalmente foi editada no Japão na revista Shonen Monthly Comic Garden entre Janeiro de 2020 e Julho de 2021. Dizem: Criaturas fracas, o nosso nome é vampiro. Este conto acontece na Era da Democracia, no Período Taishou. São quatro aqueles que foram infectados pelo vírus vampírico. A luz solar é o seu inimigo, não aguentam cheiros muito intensos e o seu corpo é alimentado unicamente por sangue. No entanto, a tecnologia moderna não deixa que as suas fraquezas os derrotem. Ao comando do governo, voarão esta noite por cima da Cidade Imperial.

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Asian dumping

O mercado da BD portuguesa tem sido atormentado desde o ano passado por uma série de novas séries de Mangá ou “estilo Mangá” (ou seja a BD japonesa na sua vertente mais comercial e “teenager”) por editoras generalistas e especializadas numa onda de rentabilizar o que não fizeram durante décadas. O problema é que são todos produtos sucedâneos e de má qualidade, eis o que tem aparecido:

Butterfly beast de Yuka Nagate é o melhorzinho deste lote, conseguimos ler os dois volumes sem problemas visuais e a narrativa é clara. Só é pena que tudo é previsível, qualquer gajo escreve histórias de samurais destas! Ops! Espera, é uma gaja! 💩💩💩💩

City Hall de Rémi Guérin e Guillaume Lapeyre é um universo sem lógica nenhuma ou interesse, chupando a “Liga” do Moore e a subcultura “steampunk” à laguardère. Inconsequentemente, é na realidade um “FRanga” ou seja, “mangá feito por franceses”. No jargão da bola, “Franga” é sinónimo de jogador de fraca qualidade. Certo!! 💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩 Ops! Não é “Franga” que se diz, é “Manfra” (💩💩💩)!!! Oh shit!

Stray dogs do gringo VanRah – não se consegue ler!! 💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩

Cagaster de Kachou Hashimoto é tão mau que parecia ser feito por um ocidental como alguns acima indicados. Teve de ser a Asa (💩) / Leya (💩💩) a perder a vergonha de publicar algo com um título tão óbvio sobre a própria qualidade da obra! 💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩 Não parámos de deixar de rir com o título!

Solo Leveling de Chugong e Dubu (💩) é completamente imbecil, o que esperar de uma indústria que imita outra? É a estreia de “Manhwa” (mangá coreano!💩💩💩) em Portugal 💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩

Kyokara Zombie de Ishikawa Yugo e Araki Tsukasa que é um anacronismo, ou seja, uma série falhada (só têm 2 volumes, ou seja, um micróbio na indústria japonesa que significa falta de sucesso comercial) de uma modelo fotográfica falhada zombie… A série é da década passada quando a cultura Zombie é que estava a bombar. Em 2023: 💩💩💩💩💩💩

Crueler than Dead de Tsukasa Saimura e Kozo Takahashi é + zombie shit em 2 volumes, o que já diz tudo… 💩💩💩💩💩💩💩

4Life de é uma manfrada de Antoine Dole e Vinhnyu que é uma espécie de “Magical Girls” mas devido à nudez à francesa deve ser afinal para rapazes, quem é que realmente sabe ou quer saber? 💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩

Os Três Mosqueteiros em versão manfra de Cédric Tchao e Néjib é tão feio que nem conseguimos ler… 💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩

Team Phoenix de Kenny Ruiz está a fazer rebolar o sensei Tezuka no caixão, fónix! Não bastavam as “novelas gráficas” espanholas inócuas, agora também temos “mangallito”! 💩💩💩💩💩💩💩

Arena de Le Chef Otaku e Clarity não é um Mangá é um webtoon, estúpido! É um webtoon estúpido! 💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩💩

Esperam-se mais cagadas para sacar o dinheiro dos putos, esquecem-se é que os putos não papam grupos!!!

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Kuti #70 com Francisco Sousa Lobo chegou à Bedeteca de Lisboa

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Trauma académico

Preços escandalosos para quem precisa de estudar, a Academia é um belo negócio como qualquer indústria, se calhar até mais hipócrita que o resto. Claro que Pedro Moura não tem culpa que a Leuven University Press, tal como a maioria das editoras universitárias sejam rip off. Isto para começar a comentar Visualising Small Traumas : Contemporary Portuguese Comics at the Intersection of Everyday Trauma, um ensaio sobre BD portuguesa contemporânea e o trauma do quotidiano – é o segundo livro publicado sobre BD vindo da universidade, depois do Literatura gráfica? de Zink. Parabéns ao autor!

Sobretudo parabéns pelo bom trabalho em trazer novas luzes analíticas às obras portuguesas, seja a autores “grandes” como Marco Mendes ou Miguel Rocha como escavando nas profundezas do underground, dando assim a hipótese de iluminá-las como obras de Arte que realmente são. Para o mundinho de marfim da (pseudo-)academia será escandaloso pegar no Daniel Seabra Lopes, Jucifer, Miguel Carneiro, José Feitor, Amanda Baeza ou Bruno Borges mas, olha, habituem-se! São estes que valem a pena! São estes os poucos artistas na BD portuguesa. Obrigado Pedro, pela coragem!

PS – É claro que este livro nunca estará nas Bedetecas portuguesas, uma vez que além das autarquias não comprarem quase nada de BD, quanto mais comprar uma edição estrangeira a estes preços de gamanço!

PPS – Entretanto um simpático leitor ofereceu um exemplar à Bedeteca de Lisboa. Há boas almas por aí! Many many thanks!

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