Monthly Archives: Janeiro 2015

Charlie Mensuel

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Foi preciso o terrível massacre à redacção da Charlie Hebdo para que as BLX  se dignassem a catalogar o importante acervo da revista Charlie Mensuel existente na Bedeteca de Lisboa! Mais vale tarde do que nunca! Porque esta revista de BD, que existiu entre 1969 a 1981, continua a ser imbatível ao nível de Design gráfico! Para além disso, a publicação ofereceu mais impacto a autores que definitivamente cunharam Arte na BD como o caso de Alex Barbier ou de  Guido Buzzelli – e que tão bem o crítico Domingos Isabelinho avisou neste post logo no dia vitimou Wollinski.

Apesar dos abusos que sucederam com a frase “Je suis Charlie” e esta “Mensuel” pouco ou da terá haver com a “Hebdo”, e depois de folhearmos algumas das suas páginas só podemos dizer outra vez com orgulho: “Je suis Charlie”!!!

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Quinta da Invocação

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Agora que as Quintas-Feiras das novidades na Bedeteca até normalizaram só falta nós conseguirmos ir nesse dia e virem livros de jeito! Esta semana não apareceu nada de especial excepto uma pequena raridade: Enjôo de Invocação, editado pelo Robô Independente que na realidade é um “a.k.a.” de André Pereira e que compila a primeira produção de BD deste jovem autor com um grafismo apurado e uma narrativa consistente que tanto dá para Eduardo Risso ou Druillet ou algum qualquer norte-americano da Image… Resta-nos esperar que um dia apareça o Safe Place!

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Cartoon e Liberdade de Imprensa

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Janeiro 23, 2015 · 10:27

Peter Pontiac (1951-2015)

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Faleceu ontem Peter Pontiac, um dos grandes autores holandeses de BD “underground”, autor no entanto quase desconhecido pelo mundo fora – a não ser que tenham lido as revistas El Vibora ou Anarchy Comix. Eis algumas palavras sobre o autor por Marcel Ruijters no blogue Eaten by Ducks e uma biografia na Lambiek.

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120 originais de Relvas…

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A partir de amanhã, 18h30 e até 6 de Fevereiro, estarão expostos originais de Fernando Relvas publicados na imprensa e em livro, no Espaço Arte da livraria Europa América [Av. Marquês de Tomar 1B, Lisboa].

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Je suis Soldi!

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A Direita – que sempre odiou publicações como a Charlie Hebdo – tem capitalizado bem a tragédia. A última vêm de Itália em que o jornal conservador Corriere della Sera editou um livro de homenagem ao massacre dos jornalistas e cartunistas franceses, juntando ilustrações, BD’s e cartoons de centenas de artistas (italianos, franceses, holandeses, etc…) retirados da Internet (muitas vezes com má qualidade de resolução) sem pedir autorização e claro sem remuneração para os artistas – num óbvio “cash in” de uma situação trágica. Em inglês podem ler aqui e aqui o que aconteceu.

Por cá, todos os “direitinhas” também “foram Charlies” durante uns dias como o humorista Bruno Nogueira soube tão bem desmascarar – só os monarquicos é que tiveram coragem de dizer “a verdade” mas felizmente ninguém os liga porque sabemos que têm aquele problema de circulação de sangue por casarem-se entre si (aló Trisomia 21!) e como todos sabem “Reis e Rainhas” felizmente é uma coisa lá bem do passado!

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Não sei bem o que dizer, mas tenho de dizer qualquer coisa

Eduardo Salavisa - Homenagem ao Charlie Hebdo (7 Jan 2015)

Mesa-redonda aberta sobre o ataque ao Charlie Hedbo: o poder dos cartoons editoriais, liberdade de imprensa e expressão, limites sociais, contextos históricos da imprensa ilustrada, com Sara Figueiredo Costa, Nuno Saraiva, Osvaldo Macedo de Sousa e Eduardo Salavisa (imagem) com moderação de Pedro Moura, na Terça-Feira, 20 de Janeiro, às 18h30, no Museu Arqueológico do Carmo. Entrada livre.

O crime perpetrado contra o jornal satírico francês Charlie Hedbo colocou na ordem do dia junto ao grande público uma discussão que tem tido lugar em círculos especializados. Qual o papel do cartoon editorial nas democracias modernas, cujas leis de liberdade de expressão permitem um qualquer grau de negociação entre o que se entenderá por “aceitável” e “pertinente”, por um lado, e “exagerado” e “ofensivo”, por outro. Se se acreditar numa tal categorização, porém, há que compreender que ambas pertencem a uma longa tradição de trabalhos, e com particular presença na cultura francesa. A questão desta liberdade vai embater noutras questões, como os posicionamentos ideológicos, os ditos limites da imprensa, a censura prévia e as decisões judiciais, assim como a conjuntura actual a nível mundial cujas fricções são vistas por alguns como um “choque de civilizações”. Não é difícil começar uma discussão sem tropeçar em controvérsias ou mesmo afirmações elas mesmas insustentadas, já que tudo isto implica emoções, limites ao nosso conhecimento, posicionamentos extremados, etc. A comunidade de artistas de banda desenhada, ilustração e cartoon editorial, assim como investigadores e críticos da área têm multiplicado a sua expressão de solidariedade, assombro e até mesmo incompreensão nos mais variados canais de comunicação. Alguns dos seus membros não sabem bem como começar a articular o que pensam e sentem, mas sentem também a urgência em fazer algo mais. Esta é uma oportunidade, entre outras, de dialogar.

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