Monthly Archives: Fevereiro 2020

Gin tónico

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Apanhámos um “caderno de arte menor” – uma colecção francesa dos anos 70 dedicada à ignorada arte ilustrada – com um número especial sobre a obra de William Hogarth (1697-1764) que é uma espécie de tetravó da banda desenhada… Muito interessante tudo!

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Taipal

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Sábado nos Anjos 70. Há muito tempo que não se fazia uma exposição de cartazes de música

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Ferramenta

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Acontece dia 29 de Fevereiro a “formação para formadores” na Tinta nos Nervos com um grupo excelente de artistas. É uma acção gratuita, com inscrições abertas a um limite de 10 inscritos – pelo que terão de ser enviadas candidaturas previamente, com CV, posteriormente analisadas pelos formadores (não pela Tinta).

Projecto que vêm daqui e ainda será a única coisa de jeito na edição deste ano da 14ª BDteca em Odemira.

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Stoned na Bedeteca

Stoned de Nuno Amorim.

Eis que chegou à Bedeteca de Lisboa o livro Stoned de Nuno Amorim, publicado pela Mundo Fantasma em 2018 no âmbito da exposição do autor, Dos anos 70 à actualidade e Vice-Versa na galeria da loja.

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Escreveram o seguinte sobre o autor: Daniel Clowes num suplemento do Eightball #18 (Mar’97) intitulado “Modern Cartoonist” ironizava – penso eu, com os gringos nunca se sabe! – num texto sobre BD que de 15 em 15 anos há um novo fôlego na cena. Basicamente, é preciso que apareça uma nova geração que apreenda e aplique as revoluções realizadas pela geração anterior. Não haveria a “BD Alternativa” dos anos 90 se 15 anos antes não houvesse a “underground comix” e estes não existiriam sem a EC Comics e a revista Mad dos anos 50. Tudo bem, parece justo.

Na edição de 31 de Janeiro de 1973 do jornal &etcNuno Amorim (com uns 21 anitos), já trabalhava para o mundo editorial mais sofisticado em Portugal – as Edições Afrodite e a &etc – e num artigo sobre a sua pessoa admite a admiração por Moscoso. Mais tarde, numa situação tão rara como a de 1973 – ou seja, dar tempo de antena a um ilustrador – é entrevistado no livro Editor Contra – Fernando Ribeiro de Mello e a Afrodite (Montag; 2016) e assume mais uma vez as suas influências dos anos 70 – Moebius e Caza, são os autores referidos.

Seja em 1973 seja 2016, os nomes dos autores que ele refere pouco importarão para o público. O estatuto marginal da BD permanece inalterado ao longo destas décadas todas e Amorim, como muitos outros artistas da sua geração e posteriores, “brincou” à BD. Publicou alguns trabalhos, principalmente na seminal revista Visão (1975-76) mas também alguns fanzines e nas publicações das míticas editoras acima já referidas. Como nunca houve uma estrutura económica de subsistência na BD em Portugal, ele parou de fazer BD e foi para outros poisos. Arquitecto de formação, foi director de arte em varias agências de publicidade internacionais em Lisboa, e posteriormente integrou os quadros da RTP, onde foi designer gráfico, realizador e responsável pelo departamento gráfico. Em 1991 foi co-fundador da produtora de cinema de animação Animais, onde é realizador e produtor de curtas metragens e séries de animação. Trabalhou e continua a trabalhar em imagem, área criativa pouco apreciada em Portugal. Um trabalho sujo mas que alguém tem de o fazer! 

A sua criação de BD ficou fechada na década de 70 com os pesos telúricos das influências da altura. Amorim e a malta da Visão tiveram quase todos o mesmo destino. Partiram para outra e foram esquecidos. Um caso ou outro voltou à BD, um ou outro ainda fizeram alguma obra em BD. Como profetizava Clowes, 15 anos depois aparecia uma nova geração de autores a baralhar as cartas – ligados aos zines e às revistas Lx Comics e Quadrado. Mas ao contrário que dizia Clowes, não parece que essa nova geração e as futuras tenham apreendido algo da anterior ou a tomado por base.

A verdade é que em Portugal apesar das suas inúmeras Bedetecas ou livros de História, os autores de BD não ligam ao passado. Empanturrados de hiper-realidade com tons de néon, mutações afrofuturistas, glitches cyberpunks, erotismo digital, risografia a brilhar pós-fluorescência, rocócós bling bling basta reeditar as BDs dos anos 70 como fiz com a antologia Revisão : Bandas Desenhadas dos anos 70 (Chili Com Carne; 2016) que lhes cai tudo em cima! Pá! Afinal os cotas já tinham feito cenas mamadas, meu! 

Se esta, tão apropriada, exposição na Mundo Fantasma se realizar com o título Dos anos 70 à actualidade e Vice-Versa, a Fita de Moebius completa-se. Se a Mundo Fantasma editar a BD inédita “Stoned” nas suas exemplares publicações impressas em Risografia então a Fita de Moebius, ironicamente, estreita-se. – Marcos Farrajota

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Raspa

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A Bedeteca de Lisboa está sempre a receber publicações fora do comum mesmo que este seja um fanzine… “normal”. Apesar de vir de Xangai Shaving in the Dark não foge ao padrão dos anos 90 de fanzine de BD “sexo e violência” e “que se lixe tudo”. Ao que parece é o fruto de uma comunidade de amantes de BD, estrangeiros e locais, embora os primeiros pareçam ser o verdadeiro motor da coisa. Artistas locais chineses parecem ser poucos ou escondidos, certo é que participa o português Lucas Almeida (como “LucasMalucas”) e talvez seja por isso que se encontra este zine na Bedeteca.

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Camarão na Bedeteca

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Apesar do apoio da Câmara Municipal de Lisboa ao romance gráfico Santa Camarão (Chili Com Carne; 2017!) de Xavier Almeida só agora é que chegou à Bedeteca de Lisboa um exemplar do livro!!

(…) José Santa “Camarão” (1902-1963) foi um dos maiores boxistas do mundo e com uma história de vida avassaladora. Esquecido pelo tempo, Xavier Almeida propõe trazê-lo à memória com uma biografia baseada num caderno escrito pelo próprio Santa que relata a primeira parte da sua vida: da sua infância em Ovar à juventude em Lisboa, onde culmina com o início da sua vida profissional. Esta é a parte menos conhecida do Santa Camarão, mas a mais épica. É neste período que se constrói a sua personagem e a sua carga melancólica, triste, solitária, perdida… e talvez a mais fascinante.

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Ena! Descobrimos que a Bedeteca de Lisboa tem os quatro volumes da antologia finlandesa Laikku – editada pela Asema. Quatro volumes de boa BD e que regista parte da explosão de criatividade que se deu naquele país neste milénio – sendo que o último Salão Lisboa até foi dedicado à Finlândia. Entre as colaborações encontram-se Gianluca Costantini (Itália), Terhi Ekebom, Jyrki Heikkinen, Nicolas Robel (Suiça), Tiitu Takalo, Kati Kovács, Mika Lietzen, Frederik Peeters (Suiça), Jenni Rope, Aapo Rapi, Katja Tukiainen,… Redigido em finlandês tem legendas em inglês, vale o esforço!

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