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Culturismo Hardcore!!!!!!!!!!!

Não percebemos nada disto mas vindo do Rudolfo (que no ano passado deu baile aos velhos!) só pode ser coisa boa:

O Culturismo Hardcore é um evento dedicado a entusiastas de banda-desenhada, videojogos e música de nicho! 🎮 Podes contar com demonstrações de videojogos independentes em desenvolvimento, concertos de música inspirada por e feita para videojogos, e-sports e mercado de banda-desenhada independente. Cosplay também é bem-vindo! Toca a exercitar essa cultura! Oupa! 🏋️

HOJE, 𝟏𝟓h, 𝐄𝐧𝐭𝐫𝐚𝐝𝐚: 8 ⚡Já em pré-venda na Socorro ou por reserva via @culturismohardcore

Apresentações/ Demonstrações de 𝐉𝐨𝐠𝐨𝐬 𝐈𝐧𝐝𝐢𝐞:

  • Beyond the Board (PC) Jogo de puzzle para um jogador que transforma o xadrez tradicional numa viagem imersiva minimal.
  • Musclechoo: Well Adjusted (GBC) Híbrido entre RPG e jogo de tiros & plataformas baseado nas histórias de banda-desenhada de MUSCLECHOO para Gameboy Color. Com uma história original escrita pelo autor Rudolfo da Silva e uma banda-sonora energética composta por Magic Point.
  • Panthalassa (PC) Jogo point and click onde exploras um mundo alienígena subaquático a partir dos olhos de um robô.

A presença do 𝐈𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐇𝐢-𝐓𝐞𝐜𝐡 que irá trazer consigo consolas retro que poderás ver, experimentar e, porque não, levar para casa!

Concertos:

  • Tomás Nobre Músico sonoplasta natural do Porto apresenta faixas inéditas da banda sonora de PANTHALASSA.
  • Rudolfo Ícone gamer do underground portuense, regressa com um set exclusivamente hate beat para festejar os 15 anos do disco “Videojogos são para Falhados” num concerto único.

𝐌𝐞𝐫𝐜𝐚𝐝𝐨 𝐝𝐞 𝐁𝐚𝐧𝐝𝐚-𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐚𝐝𝐚 com a presença de livros e autores da Chili Com Carne, Culectivo Feira e Palpable Press e 𝐏𝐚𝐫𝐚𝐟𝐞𝐫𝐧á𝐥𝐢𝐚 𝐑𝐞𝐭𝐫𝐨-𝐆𝐚𝐦𝐞𝐫. 𝐀𝐥𝐭𝐞𝐫𝐧𝐚𝐝𝐨𝐫 𝐝𝐞 𝐃𝐢𝐬𝐜𝐨𝐬 𝐀𝐮𝐭𝐨𝐦𝐚𝐭𝐢𝐳𝐚𝐝𝐨: DJ NICHE ENTHUSIAST

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E de repente!

Salão Súbito resulta da iniciativa independente de 7 artistas impressores com fortes cumplicidades, unidos pelos circuitos das feiras e festivais de impressão, como a Feira Raia, em Lisboa, o Crack, em Roma, ou o Tenderete, em Valência. Expondo serigrafias e outros múltiplos em formato de cartaz, o Salão Súbito funcionará também como espaço de venda, assegurada pelos artistas, sem intermediários. Propõem-se agora inundar em Maio de 2024 o Mercado de Santa Claraem Lisboa, durante 2 dias, com o produto do seu labor.

De 4 a 5 de Maio, das 10h às 20h, será uma festa da mangueira serigrafada ou o evento efémero mais importante e irrelevante do primeiro quartel do século XXI! Participam: Erri, José Feitor, Luís Henriques, Miguel Carneiro, Ricardo Castro, Rui Silva e Vasja Lebaric.

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O pinguim vai papar-vos!

Desculpem, a Iguana! Depois de começar por lançar péssimas obras a Iguana começa a mostrar os seus dentes para comer as fatias do mercado da BD, especialmente nas áreas dos temas de género e feminismo. Menos mal, o que não precisávamos eram mais javardices sobre Street Art ou o merdas da família Markl, por exemplo!

Mau Género, de Chloé Cruchaudet (inspirado num romance de Fabrice Virgili e Danièle Voldman) conta a história de Paul e Louise que se conhecem, apaixonam-se e pouco depois casam-se. Mas a Primeira Guerra Mundial irrompe e Paul é forçado a separar-se de Louise para ir combater. Nas trincheiras, Paul vive um verdadeiro inferno e deseja escapar de lá a qualquer custo, acabando por desertar e reencontrar a mulher em Paris. Está são e salvo, mas condenado a permanecer escondido num quarto de hotel. Para pôr fim à sua clandestinidade, Paul encontra uma solução: mudar de identidade, travestindo-se. A partir desse momento passará a chamar-se Suzanne. Entre a confusão da mudança de género e o trauma da guerra, o casal terá um destino extraordinário. (…)

Mulher, Vida, Liberdade serve para marcar o aniversário da morte da iraniana Mahsa Amini e o começo do movimento MULHER VIDA LIBERDADE, um livro com a visão de dezassete ilustradores reconhecidos mundialmente e três especialistas sobre o Irão, sob a coordenação de Marjane Satrapi. De resto, sabe-se que é um livro em capa dura porque quem lê BD nos dias de hoje são os novos-ricos mas ninguém divulga a lista dos nomes dos dezassete ilustradores reconhecidos mundialmente e três especialistas sobre o Irão

PS – Entretanto chegou, 20 anos depois, a primeira edição de Persèpolis de Statrapi pela Polvo. Uma peça de colecção editorial pois, a editora pretendia publicar por volumes – originalmente tinham saído em frança, pela L’Association em quatro volumes -, coisa que nunca o fez. Dizem as más-línguas que o editor com o filme de animação a bombar nas salas e com o livro a ser “best-seller” no mundo inteiro, ainda tinha dúvidas se deveria continuar com a edição. Em 2012, a Contraponto (Bertrand encapotada) edita a obra integral que continua a republicar até aos dias de hoje!!

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A iguana vai papar-vos!

Passou uma quinzena de dias desde que a Colecção Novela Gráfica meteu cá para fora, no ano passado, a estreia da sul-coreana Keum Suk Gendry-Kim e a Penguin Random House com o seu selo para BD (ops! perdão, “novelas gráficas”!) Iguana lançou A Espera! Pelos vistos a Iguana não pretende só lançar autores com sucesso (e sem interesse) nas redes sociais ou “temas quentes”, parecendo ignorante no mercado da BD.

Eis que mostrou os dentes (os pinguins tem dentes? as iguanas devem ter de certeza!) depois das recentes novidades sérias q.b. eis “a melhor novela gráfica do ano” – que obviamente não é, só por dizer que é melhor que a Alexandra Kim, pelo menos. Na lombada prometem lançar este ano o Grass/ Ervas que A Batalha elogiou há alguns anos, a ver vamos…

Dizem: Gwijá tem noventa e dois anos e vive na Coreia do Sul. Após sete décadas de espera, ainda mantém o desejo de reencontrar o filho mais velho, de quem se separou quando seguia numa coluna de refugiados que fugiam do norte da Coreia. Gwijá teve de parar para amamentar a filha bebé e perdeu o marido e o filho no meio da multidão. Agora, num encontro organizado pela Cruz Vermelha, a sua amiga Jeong-Sun reencontra a irmã mais nova, após sessenta e oito anos de separação. Gwijá só deseja ter a mesma sorte e voltar a encontrar o filho.

Em 1950, a Guerra da Coreia separou famílias inteiras, que ficaram de lados opostos de uma fronteira intransponível. A partir das entrevistas que Keum Suk Gendry-Kim conduziu e dos vários testemunhos que reuniu (entre eles, o da própria mãe), o livro A Espera reconstrói o trauma familiar causado pela divisão da Coreia e pela guerra, e as suas dolorosas consequências.

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Os portugais

É oficial, Portugal esta na moda no país dos gauleses desde 2012: PortugalMaria e Salazar e Os / Les Portugais. Ficamos a saber que quer Edgar de Mathieu Sapin quer a Borboleta da Madeleine Pereira tem edições portuguesas para o final do ano. Trés bien! já que os portugueses sempre tiveram vergonha de falar do salazarismo, da emigração clandestina e a miséria social que viveram durante quase 50 anos.

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Monstros nipónicos

Pouco a pouco a Devir lá vai cumprindo as suas promessas de Manga-sem-ser-para-putos… Depois do Sunny e Junji Ito, eis o hiper-viciante Monster de Naoki Urasawa que avança com a edição portuguesa – situação inimaginável há uma década atrás! Já anda por aí o segundo volume!

Para uma editora que voltou à actividade económica com Zombies lá se libertou deles com inteligência. Em compensação, estas duas juntaram-se para uma “zombizada heta-uma”:

A editora Sendai e a Chili Com Carne uniram forças para Tóquio Zombie, de Yusaku Hanakuma que já rola por aí há alguns meses.

Dizem: Publicar um livro de zombies depois da primeira década deste milénio pode parecer um ato anacrónico, mas eis que Tóquio Zombie (…) é muito mais do que uma cómica história de terror, pois vive da grande tradição das narrativas de zombies em que se critica o status quo.

Tudo começa nos aterros do Fuji Negro, onde lixo e cadáveres são enterrados sem qualquer pudor, e que acaba por dar origem a uma praga zombie que mudará o mundo. E é lá que encontramos os nossos heróis Fujio e Mitsuo, operários fabris praticantes de jiu-jitsu. Mas será que esta arte marcial que dá-lhes vantagem de sobrevivência na maldição zombie, também os ajudará a resistir a uma nova sociedade distópica entre muralhas? Entre burgueses, porcos e escravos, eles devem lutar para sobreviver numa Tóquio Zombie!

Esta obra foi produzida entre 1998 e 1999 para a revista AX, insere-se no estilo “heta-uma” (mau, mas bom) e apesar do seu grafismo destabilizador, teve uma adaptação para cinema em 2005, pelo realizador Sakichi Sato, com participações dos atores Tadanobu Asano (Ichi, o Assassino) e Show Aikawa (Dead or Alive).

(…) Hanakuma (Tóquio, 1967) aos 20 anos, enquanto de dia trabalhava numa fábrica de extintores, à noite desenhava histórias que enviava para revistas de mangás. Tudo mudou quando ganhou o segundo Prémio Nagai Katsuichi, da revista Garo. Pouco tempo depois despediu-se da fábrica para dedicar-se aos mangás a tempo inteiro. Os seus personagens Afro e Careca estão em praticamente todas as suas criações. (…) É faixa preta em jiu-jitsu brasileiro. (…)

Exclusivo da edição nacional, um posfácio a contextualizar o heta-uma pela artista (…) Hetamoé. Da presente edição foram feitos 200 exemplares com uma capa e sobrecapa diferentes, inseridos na coleção RUBI da Chili Com Carne. Chegou à Bedeteca de Lisboa a versão da Sendai.

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Deserto reeditado

A Chili Com Carne reeditou Deserto / Nuvem de Francisco Sousa Lobo. Trata-se de um verdadeiro marco teológico que regista os últimos sopros da vida monástica dos monges cartuxos no Convento de Évora. Passado pouco tempo estes emigraram para Barcelona, mais próximos do IKEA e da praia. É também um verdadeiro marco na BD portuguesa por ter ganho os “Jedis da Bedófilia”, isto é, os prémios dos principais eventos de BD em Portugal mas também surpreendendo noutras áreas como a do Design pelo seu aspecto “duplo” (“split”) com um acabamento em acordeão a segurar ambos os livros. De um lado Deserto sobre a visita de Lobo ao convento e de outro Nuvem que ilustra 20 cartas sem resposta endereçadas a um monge cartuxo. 

Saiu (…) no âmbito da exposição do autor na escola Ar.Co. em Xabregas uma nova edição, “regular”, isto é, com encadernação brochada, em que se lê primeiro a BD Deserto seguida pela Nuvem e inclui antes uma BD (inédita) de introdução (de quatro páginas) do autor. Daí a inclusão de “e” entre os “dois livros”, já não é opção ler um ou ler o outro em primeiro…

Obra selecionada para Bedeteca Ideal

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