SEXO

A revista Beaux Arts sabe atrair a atenção para a BD tão bem como um cartaz numa Associação de Estudantes para inscrições para um curso de Judo. É com este tema que se fazem números especiais: “sexo & BD”! Nada contra o “sexo” ou contra a pornografia ou o erotismo. Viva a Liberdade sobretudo! Que haja mil “sexos” nas bancas e prateleiras das livrarias e bibliotecas. A questão é porque raios não podia ser “música & BD” ou “ecologia & BD” ou “capitalismo & BD”!? Não, a BD é ainda em 2016 para marmanjos bem machos que se contentam com um Manara na capa e uns artigos sobre a Censura em França, e ’tá andar…

Face ao “sexo & BD” ficamos a pensar se os números normais desta revista de Arte serão tão bons como os seus especiais… Já houve números em que pelo menos o tema não envergonhava e já houve tempos em que publicaram BDs de Fabrice Neaud ou Julie Doucet – o que aconteceu!?

Está um exemplar na Bedeteca de Lisboa – como é que arranjaram isto!? Porque não arranjam coisas melhores?

Quinta da Referência VII

Nesta Quinta-Feira das Novidades na Bedeteca de Lisboa chegou um exemplar do catálogo Luís Filipe e a farsa da vida relativo à exposição que esteve patente no ano passado no Museu Bordalo Pinheiro.

Luís Filipe (1887–1949) foi um dos pioneiros do Modernismo em Portugal que o Museu Bordalo Pinheiro dá a conhecer com a exposição Luís Filipe e A Farsa da Vida. A exposição acompanha o seu percurso artístico: – os primeiros anos em Coimbra, com o despertar da sua consciência política e social, mas também com a representação de tipos sociais retirados da vida mundana. Foi neste período que publicou o jornal A Farça (1909-1910), um dos primeiros a publicar desenhos modernistas em Portugal (…); -os anos que se seguiram à implantação da República, com uma forte presença nos jornais com desenhos acentuadamente políticos, anticlericais e denunciadores de situações de injustiça social; -por fim os desenhos da sua vida adulta, em Viana do Castelo, com caricaturas de figuras locais e representações da cor e movimento do folclore, sempre com um olhar humorístico. 

A pobre impressão em digital do livro foi uma solução económica do Museu para conseguir publicá-lo porque a Câmara de Lisboa deixou de investir nos seus equipamentos ligados à imagem e aos livros? Parece-nos bem que sim…

Junta Prémio

Considerando a importância do papel das instituições públicas na promoção e apoio das artes e da cultura, nomeadamente da literatura e da ilustração e dos novos criadores nestas áreas, a Junta de Freguesia de Olivais organiza o Prémio Literário e de Ilustração Eça de Queiroz.

Poderão candidatar-se todos os interessados, maiores de dezoito anos, naturais ou residentes em Portugal, estão excluídos de participação os colaboradores e seus familiares da Junta de Freguesia de Olivais e os membros do júri e seus familiares.

Cada participante apresentará apenas uma obra; um conto ou uma ilustração. As obras deverão ser subordinados ao tema “Os desafios da Europa”, tendo como subtemas; “racismo”, “emigração”, “refugiados”, “cultura e tradições”, “políticas”, “mitologias”, “valores europeus”.

As candidaturas decorrem até dia 30 de Outubro, através do envio do texto ou ilustração a concurso (documento PDF) para o email cultura@jf-olivais.pt , assunto “candidatura Prémio Literário e de Ilustração Eça de Queiroz” e identificados apenas com pseudónimo do autor. Até à mesma data, deverá a ficha de inscrição e a ilustração original ou impressa (consoante se aplique), acompanhada de cópia do documento de identificação, ser enviada por correio ou entregue presencialmente, na Casa da Cultura da Junta de Freguesia de Olivais (R. Conselheiro Mariano de Carvalho, 68 – Olivais Velho, 1800-037 Lisboa), em envelope fechado, contendo no exterior o pseudónimo do autor.

Os resultados serão divulgados até dia 30 de Novembro e os participantes informados por email.

Na categoria de “conto” serão atribuídos três prémios monetários; ao primeiro, segundo e terceiro classificados, no valor de 400 euros, 200 euros e 100 euros, respectivamente. Na categoria de “ilustração” será atribuído um prémio monetário ao vencedor, no valor de 300 eur.

As obras submetidas a concurso, deverão ser inéditas, escritas em língua portuguesa e na modalidade de “conto”. Cada obra deverá ter entre 10000 a 30000 caracteres (incluindo espaços), espaçamento e tipo de letra Times New Roman, tamanho 12.

A ilustração a concurso terá como objectivo constar na capa de um livro (conjunto de contos) subordinado ao tema proposto. A técnica utilizada deverá ser do domínio do desenho / pintura (podendo ser uma imagem criada digitalmente). A ilustração deverá ser em formato A4 e deverá ser enviada em formato PDF ou JPEG (baixa resolução 72 dpi ou 100 dpi ) e entregue em formato papel (impressão ou original). O vencedor deverá depois enviar imagem da ilustração com alta resolução (mínima de 300 dpi).

Contos das Mil e Uma Noites na Bedeteca

Chegou à Bedeteca de Lisboa um dos títulos mais inesperados na primeira Colecção Novela Gráfica, o livro Sharaz-De: Contos das Mil e Uma Noites do mestre Sergio Toppi (1932-2012), que é considerada como a sua obra-prima.

Em 1979, o autor italiano realizou para a revista Alter Alter um conjunto de oito contos inspirados pelas Mil e Uma Noites, reunidos sob o título Sharaz-De. Face ao sucesso da edição francesa, publicada em 2000, a sua editora propôs-lhe criar uma continuação, com três novas histórias, todas elas compiladas neste volume.

Obra seleccionada para a Bedeteca Ideal.

O fim do mundo se tu não fizeres nada

Só agora tivemos conhecimento da exposição Rollerball 1 – ensaio sobre o fim do mundo se tu não fizeres nada de Luís Lázaro aka 2L que está patente até 30 de Junho na galeria Passevite.

Lázaro é uma das figuras mais “reservadas” da BD portuguesa, o que nem se percebe porquê quando como autor detêm um estilo único – que foi testemunhado na exposição no Salão Lisboa 2005 e mais tarde na SPX 2006 em Estocolmo – para além de ter sido o criador da revista Ai-Ai…

Mimeógrafo X

Hoje, às 17h, é lançado o número 1 das Edições Mimeógrafo inserido como parte integrante da exposição “∆” de Xavier Almeida, na galeria Zaratan.

O nome das edições revela a máquina de impressão: o Mimeógrafo – ligado a movimentos de guerrilha político-social brasileiros das décadas de 60 e 70 devido à sua absoluta autonomia de electricidade, facilidade de transporte e rápida execução. Melhor mote não poderia haver para uma parceria entre António Caramelo (editor) e Xavier Almeida (autor).

Workshop de Ilustração para a Infância

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