Monthly Archives: Junho 2023

Sexta-feira casual

É estranho lançar a versão norte-americana do Abolição do Trabalho de Bob Black e Bruno Borges em Lisboa, na Tinta nos Nervos com a presença do editor Jason Leivian… mas porque não? Nómadas digitais parai de trabalhar!

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Água

Chegou à Bedeteca de Lisboa o livro Espelho da Água, de João Sequeira que adapta o conto homónimo de Rui Cardoso Martins. É o melhor trabalho de Sequeira até à data com as cacofónicas vozes de Sampayo & Muñoz a aproximarem-se da obra.

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Canibais

A SHeITa não é só segunda divisão nem velhas glórias a reciclar material, eis A Rainha dos Canibais, o novo livro de Miguel Rocha que chegou finalmente à Bedeteca de Lisboa.

Diz Pedro Moura em Ler BD: Poderemos ler, então, A Rainha dos Canibais como uma ode, ou antes uma cantiga de escárnio, ao imaginário euro-colonialista, paternalista, imperalista e chauvinista que tanto tempo pautou estas produções (e, se formos atentos, ainda pauta, inclusive em autores portugueses da contemporaneidade). (…) Tal como havia explorado os crimes do Estado Novo em As Pombinhas do Sr. Leitão através da sua repetição sem fantasias de redenção (se me permitem, algo que analisei ao longo do estudo em Visualising Small Traumas) também em A Rainha o autor explora directamente os crimes e preconceitos do nosso passado colonialista, histórico e imaginário/ cultural, de modo directo, sem dó nem piedade, deixando à responsabilidade dos leitores entenderem onde e como se encontram (e combatem, corrigem, apagam). Talvez alguns leitores caiam na esparrela de entender tratar-se dos mesmos mecanismos de mimese acríticos que se escudam no humor ou nos géneros explorados, mas desenganem-se.

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Mickey Speed

mickeyspeed

Chegou à Bedeteca de Lisboa o livro Mickey Speed, do autor brasileiro O Divino (wtf!?) editado pela excelente A Bolha – aliás, a publicação é exemplar! É uma BD com vinhetas sem fim, sem palavras e sem sentido que cria um ambiente bizarro, negro e teoricamente próximo do género “policial”. Experimental e interessante!

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Olho/ coisas feias

Foi um fim-de-semana incrível no Porto – dizem que está “morto.”* mas é mentira – é uma cidade com boas lojas, vida de bairro e claro com turistas em todo o lado mas que ainda não destruíram o comércio local com os seus “brunches & starbucks” – ao contrário de Lisboa que é um nojo total. É uma cidade em que ainda é possível fazer respectáveis eventos independentes, sejam eles pequenos como gigantes – ambos aqui referidos e que aconteceram na vossa visita à “inbicta”.

Rudolfo, o “Rei da BD Portuguesa”, bem merece o título monárquico porque mais uma vez surpreende com inovação e energia, apresentando a sua “arte total”: exposição de originais de BD, videojogo e concerto de música electrónica num armazém. Claro que os velhadas da cena não apareceram no evento e não faziam falta porque no dia seguinte tinham de estender as suas serigrafias na Feira da Alegria. Por lá encontramos dois fanzines fixes… Um da máquina do tempo como aconteceu recentemente com o Bidés, ou seja, um fanzine de 1978 chamada de Olho – com algumas BDs, será por isso que não está no Dédalo? Diz a lenda que foi feito pelo fundador da Numérica, editora fonográfica bizarra q.b. que teve em catálogo, por exemplo, discos de Carlos “Zíngaro”, Tédio Boys e Repórter Estrábico! O outro foi o Coisas feias em Belas Artes, feito pela Associação de Estudantes da Faculdade de Belas Artes do Porto, um A5 catita com montes de BDs politizadas sobre a degradação do ensino superior em Portugal mas também sobre a tomada de consciência de como a cultura e o associativismo são importantes – prova dada pela qualidade da organização desta edição da Alegria! Destaque para o autor Pedro Evangelho a lembrar Marc Bell.

Oferecemos estes títulos à pobreta da Bedeteca de Lisboa para que os lisboetas possam aceder estas publicações e aprender alguma coisa com elas!

*rumores dizem que a Câmara do Porto não quis fazer mais a Feira da Alegria na Feira do Livro do Porto por ter havido no ano passado cartazes do “Morto.” na mesa de um participante. As pessoas tem de perceber que o actual poder mais ordinário e repressor já não é a Assembleia ou o Presidente da República, o pior está nas Juntas e nas Câmaras, terão de ser esses os primeiros a ser chicoteados em praça pública quando houver levantamentos populares!

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Será a caneta mais poderosa que a espada?

É com muito gosto que vos convidamos a (re)visitar a instalação Story Tellers, patente no Parque Silva Porto em Benfica, que apresenta uma nova seleção de bandas desenhadas.

Desde Agosto de 2021 que o Parque Silva Porto, em Benfica, tem novos habitantes – os Story Tellers! Estas pequenas esculturas da autoria do artista Fulviet – vieram dar uma nova vida ao Parque e proporcionar novas experiências a quem o visita!

Junto a estes simpáticos personagens podem encontrar “QR Codes” que dão acesso a excertos de Bandas Desenhadas de autores nacionais. O principal objectivo desta intervenção é dar a conhecer um pouco da história da banda desenhada, com especial ênfase na portuguesa, e criar novas formas de apreciar o Parque através da cultura interactiva. Mas também é um projecto que quer mostrar novos talentos ou artistas contemporâneos, sendo que nesta estação de Verão de 2023 apostamos nos artistas Francisco Sousa Lobo, André Coelho com Manuel João Neto, Amanda Baeza, Hetamoé, Ana Biscaia, André Lemos, Cátia Serrão e 40 Ladrões. O que une estes artistas tão diferentes é a sua participação na secção de BD Será a caneta mais poderosa do que a espada? no jornal Le Monde Diplomatique – edição portuguesa.

O Le Monde diplomatique – edição portuguesa é um jornal mensal de informação e análise de temas internacionais e nacionais. Depois de um curto período de publicação em 1975, durante o PREC, o primeiro número do jornal foi publicado em Abril de 1999, passando a ser editado desde Novembro de 2006 pela Cooperativa Cultural Outro Modo. Trata-se de uma publicação independente, que vive das assinaturas e vendas em banca, insere-se na linha editorial do mensário Le Monde diplomatique, publicado em França desde 1954 e que passou a ter uma rede de edições internacionais – actualmente com 33 edições pelo mundo fora, em 24 línguas.

Desde Janeiro de 2019, em parceria com a Associação Chili Com Carne, que o jornal lançou o desafio de autores de Banda Desenhada a responderem com a sua arte narrativa à pergunta se “Será a caneta mais poderosa do que a espada?”. De dois em dois meses há sempre respostas inesperadas…

Aproveite para conhecê-las, visitando o parque Silva Porto em Benfica!

As BDs vão estar disponíveis a partir do dia 21 de junho até o dia 21 de setembro. E no mesmo dia dos Story, o seu mentor tem uma “exposição-open-studio”:

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Pinoy Komiks

A Bedeteca de Lisboa recebe livros de todas as geografias e eis um livro sobre a história da BD nas… Filipinas! Das origens dos Cartoons políticos à indústria dos “komiks”, devidamente ilustrada e assim edição de luxo, “mesa de café” topam? Claro que o pujante Alfredo Alcala (1925-2000) tem muito protagonismo no livro…

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