Monthly Archives: Setembro 2017

A minha casa não tem dentro na Bedeteca

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Chegou à Bedeteca de Lisboa um exemplar de A Minha Casa Não Tem Dentro de António Jorge Gonçalves, editado este ano pela Abysmo.

A chave de A Minha Casa Não Tem Dentro encontra-se logo na frase que abre a novela (autobio)gráfica: «No dia 22 de Fevereiro de 2016 – por causa de uma veia que rebentou no meu estômago – morri e regressei à vida, num acontecimento que atravessou espaço e tempo separando e unindo em simultâneo. Descrevê-lo com desenhos fez parte dessa viagem.» Esta narrativa faz-se numa sucessão vertiginosa de imagens (marcador sobre papel e aguarela) fortíssimas, duras, mas sobretudo oníricas, de sonho e pesadelo, que mergulham raízes no grande oceano do imaginário, dos mitos fundadores, das representações da morte, da infância, do desenho e da música, enfim, da criação.

Há uma mão, a do cuidado e da ameaça, a que se ergue da ruína e a que faz sombra, a mão do lápis. E uma menina, uma Alice que descobre, por detrás de uma cortina de sangue, o peso da mão, uma cidade que se monta e o grande circo do espectáculo. Ninguém ficará indiferente a esta reflexão lúcida sobre a vida. E a morte.

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Esta Sexta…

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HOJE, às 19h, há a vernissage da exposição Filhos do Manguito, uma acção do The Lisbon Studio, sob a batuta-curadoria de Pedro Moura no Museu Bordalo Pinheiro.

Trata-se de uma mostra em que os artistas residentes desse estúdio prestam homenagem ao Pai-de-Todos Bordallo, com versões contemporâneas do Zé Povinho, novos trabalhos de cartoons políticos acesos à hora, e respostas gráficas aos tantos gestos desse grande autor, sobretudo aquele gesto mais resistente que se cumpre com os braços cruzados. Será lançado igualmente o livro-companheiro deste projecto…

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E à mesma hora também há a inauguração de uma exposição intitulada Esqueletos Colaterais de Pedro ZamithAntónio Salvador Carvalho mas na galeria Bang Bang e ao menos sempre vai um músico convidado, o Moorish Boy

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Quinta do Trump

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Chegou nesta Quinta-Feira das Novidades da Bedeteca de Lisboa uma granada de mão: o livro Musclechoo : Side Story File 001 – Trump Card (ufa!) do super-starzeco nortenho Rudolfo. Co-edição Associação Chili Com Carne e Ruru Comix

Não sabemos o que esta BD tem haver com o safardanas do Trump mas já iremos descobrir! Ah! Esta é a única BD que está representada na exposição Quatro Elementos.

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Porto Punk

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Depois da Feira do Livro de Lisboa e Disgraça, e de uma rápida passagem pelo LAR, no Algarve, eis que chega a hora de lançar “oficialmente” o split-book Corta-E-Cola / Punk Comix no Porto – cidade onde este “movimento” teve resistências a surgir mas que nos dias de hoje poderá vir a ser a Capital do Punk, já que em Lisboa tudo é para turista ver…
Até dia 30 de Setembro, na Louie Louie [Rua do Almada, 307] está patente uma pequena exposição de artefactos Punk ligados à BD e Ilustração, contando com capas de discos (Cães Vadios, Subcaos, Corrosão Caótica…), originais de BD (Raridades) e publicações DIY como o Ezequiel, PxC fanzine, Ritmo, Buraco, Ganmse, Boring EuropaSangue Violeta… Objectos vindos quase todos directamente das colecções privadas dos autores do livro, Afonso Cortez e Marcos Farrajota (…) Do que poderão ver chamamos já a atenção para duas peças exclusivas: um original raro de Nunsky da BD Inadaptados, publicada no zine Mesinha de Cabeceira #4 (Jan’94), e a nunca antes vista primeira versão da capa do LP Rock Radioactivo dos Mata-Ratos, desenhada por Nuno Saraiva e imediatamente reprovada pela EMI e pela banda por acharem que algumas personagens – João Peste, Jorge Bruto – poderiam estar demasiado reconhecíveis e criar problemas. O autor de seguida fez a mesma composição mas todos travestidos de ratos, versão essa também recusada por evidenciar um skinhead esmagado por uma bomba…
Entretanto chegou à Bedeteca a folha de sala da exposição e onde já podemos espreitar a tal capa de Saraiva. Tem mesmo piada!

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Z Spectrum

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Nova exposição de Carlos “Zíngaro” na Perve – ou melhor, na Casa Liberdade Mário CesarinyHOJE, entre as 18h e as 21h30, há a inauguração.

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AS DEZ MELHORES BANDAS DESENHADAS segundo o Quarto de Jade

Here de Mcguire. Revista Raw, volume 2 número 1. Pela sobreposição de tempos afectivos e históricos, em narrativa paralela, transcendendo o espaço da acção através de um ritmo minimal.

Num meio excessivamente permeável aos populismos, fluindo em correntes de margens apertadas, seguimos aqui uma proposta de contra-ponto às sucessivas listagens caracterizantes de uma linguagem que, à bem pouco tempo, saiu das páginas dos periódicos para encontrar uma nova relação através do livro. A primeira constatação seria por demais óbvia, até porque nos enunciados que apresentam “as melhores bandas desenhadas de sempre” quase não incluem inflexões na sua tipologia. Num olhar breve, poderíamos dizer que prevalecem critérios de secundarização da linguagem em favor de estigmas estilísticos assentes numa espécie de vocação institucional.

Nick abre la puerta de Keko. Revista Medius Revueltos, número 3. Dicotomia cromática salientando uma realidade interior em oposição a uma realidade exterior.

Duas vertentes estão em linha de…

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A Fábrica de Nada

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Está em exibição pelo país o filme A Fábrica de Nada de Pedro Pinho, que venceu o Prémio FIPRESCI, da Federação Internacional de Críticos de Cinema em Cannes, e onde actua o autor de BD José Smith Vargas.

A história de um grupo de operários que tenta salvaguardar os seus postos de trabalho e evitar o encerramento de uma fábrica através de um sistema de autogestão colectiva. Quando se apercebem que a administração está a roubar máquinas e matérias-primas, os trabalhadores decidem organizar-se para impedir o deslocamento da produção. Como forma de retaliação, enquanto decorrem as negociações para os despedimentos, os patrões obrigam-nos a permanecer nos seus postos, sem nada que fazer.

Entre o ensaio e o musical, (…) o argumento, escrito por Pinho, Luísa Homem, Leonor Noivo e Tiago Hespanha, parte de uma ideia de Jorge Silva Melo: adaptar a peça de Judith Herzberg e fazer um musical para crianças. Apesar de Silva Melo ter desistido do projecto, Pedro Pinho resolveu transformá-lo em filme.

Ver aqui sessões.

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