Estrela na Oliva

Ainda vamos a tempo de divulgar pelo menos a Joana Estrela moderada por Sofia Neto na Oliva Creative Factory…

Quinta Referência V

Depois de semanas sem novidades, eis que nos chega uma Quinta-Feira de novos livros à Bedeteca de Lisboa… Mais uma vez, livros de referência como Quand Jijé recontre Gillain, um catálogo de desenho e pintura deste reconhecido autor belga que se tem promovido em Portugal comemorações do seu Centenário. Comemorando também algo, neste caso os 25 anos de trabalho de ilustração (em 2008!) eis o catálogo de Brian Cronin da exposição organizada pela Ar.Co. na Casa da Cerca em Almada. Também vindo de 2008 temos João Abel Manta : caprichos e desastres (imagem) que reúne a obra gráfica deste “clássico contemporâneo” das artes plásticas portuguesas, pelo investigador João Paulo Cotrim.

O andar de cima na Bedeteca

O Andar de Cima de Francisco Sousa Lobo chegou à Bedeteca de Lisboa. Co-edição da Chili Com Carne com a Faculdade de Ciências e Tecnologia e a escola Ar.Co., esta BD é baseada na palestra A Modulação da Tomada de Decisão: Pode o cérebro ser influenciado? ocorrida em Maio de 2014 com as participações de Miguel Esteves Cardoso, José Manuel Pereira de Almeida e Nuno Artur Silva.

Na mesma altura do lançamento do livro – Novembro 2014 – Sousa Lobo fez uma música! Desafiado para o “podcast” Gambados, Sousa Lobo teve de transpor o seu trabalho como artista plástico e autor de BD numa canção… Teve de a cantar e tocar e dar uma entrevista. É bastante interessante ouvir!

Em todo o lado…

Entre 2012 e 2013 em Lisboa não houve ninguém que não tivesse conhecido um casal de estrangeiros na rua (ou num bar ou…) e que ofereciam livros seus! Talvez dada à omnipresença do casal que encontrámos um exemplar do livro Fuck Off and Die Alone na Bedeteca de Lisboa. O casal que falamos é Alexander Brener e Barbara Schurz, terror-artistas neo-accionistas que fizeram outro livro em Portugal…

RIP: David A. Beronä e Sam Hiti

Nos últimos a Morte levou os norte-americanos David A. Beronä e Sam Hiti, segundo soubemos através dos blogues The Crib Sheet e do Clube do Inferno.

Beronä (foto) era um académico que pesquisou sobre “novelas gráficas” sem palavras sobretudo as que se editaram nos anos 30 do século passado pelo mundo fora, geralmente identificáveis por usarem uma imagem por página (ou até uma por folha) ultrapassando as narrativas em mais de 200 páginas e com temas que não eram para entretenimento infantil e juvenil, como Ele foi Mau para Ela de Milton Gross ou Destiny de Otto Nückel. De facto a existência destes livros revela outro pecado da BD enquanto arte, que não deixou este formato vingar até o aparecimento das “novelas gráficas” de Will Eisner e Maus de Art Spiegelman, décadas mais tarde… Sendo Eric Drooker o descendente mais directo desta “tradição”.

Hiti nascido em 1975, era um promissor autor de BD que será recordado pelos livros Tiempos Finales (publicado pela Les Humanoides) ou Death-Day (imagem), este último editado pela sua própria editora La Luz e que arriscamos a dizer que parecia um “mash-up” entre “as trincheiras” de Tardi e o estiloso do Paul Pope, ficando a obra incompleta.

ENTRETANTO, graças ao comentário pelo leitor Mário Filipe deixado neste “post”, o anúncio do falecimento de Hiti é falso  – estranha a coincidência que quem o anuncia é Pope no seu blogue – e trata-se antes o fim da carreira do artista mas não da sua pessoa. Lembra-nos quando em 1997 o portuense Janus queimou todos os seus originais de BD feitos até então…

Opowieści znad Bałtyku

Deve ter vindo daqui pelo que percebemos e aproveitando que o Festival de Beja vai ter originais de Wojciech Stefaniec eis que na Bedeteca de Lisboa se encontra o impressionante álbum-jornal (?) Opowieści znad Bałtyku. Não sabemos o que lá está escrito (o polaco parece um bocado complicado de ler!) ou de que se trata (parece histórias de cavaleiros mediaveis mas parecem contos fantasiosos também) mas sobretudo é um belo objecto de BD… Mais uns dias e poderemos ver os originais em Beja!

Expo Jas

Na El Pep (Lx Factory, Alcântara), no Sábado, 23 de Maio às 18h, há exposição de originais de João Sequeira. Segundo o autor, o que vai mostrar são colecções de desenhos serviram para me libertar de preconceitos, fugir do desenho figurativo.  Encontrar uma linguagem própria. São exercicios de introspeção. foram feitos apenas pelo gozo de riscar, manchar, exprimir emoções. Combater o medo da cor. Foram feitos sem nenhum objectivo concreto ou mensagem pré-definida... Foram feitos de forma compulsiva, às vezes dez numa noite, às vezes dias sem desenhar.