Monthly Archives: Maio 2018

Puchi 2018

bd601f6d-35d5-48b5-881c-248494a4a678Eis os vencedores dos Puchi Awards (consultar link), concurso promovido pela Casa Encendida e a maravilhosa editora Fulgencio Pimentel! Vai a todas e vai a nada… Uma loucura!

Curiosidade, nos dez finalistas estava um projecto da Júlia Barata – autora de Gravidez. Convém estar atento à nossa secção de Concursos!

Deixe um comentário

Filed under concursos

Julio Ribera (1927-2018)

1262009

O autor espanhol de banda desenhada Julio Ribera, 91 anos, morreu este Domingo em sua casa, em Cognin, na região francesa de Saboia, onde morava, informou a sua família à agência francesa de notícias.

Ribera foi o criador da série de BD de ficção científica O Vagabundo dos Limbos, que contava com textos de Christian Godard, e foi publicada em Portugal pela Meribérica/Líber. Colaborou durante décadas da revista francesa Pilote, onde criou a personagem Dracurella.

Nascido em Março de 1927, numa família republicana de Barcelona, Ribera iniciou a carreira em Espanha , antes de se exilar em França, onde se fixou em 1954, durante a ditadura espanhola de Franco. Os primeiros anos da ditadura espanhola e o refúgio posterior em Paris, deram origem à série autobiográfica de BD Montserrat, Jeunesse bafouée e Paris liberté.

Deixe um comentário

Filed under obituário

Vapor

NGIII_08Saiu a 18 de Agosto do ano passado com o jornal Público e eis que chegou hoje à Bedeteca de Lisboa o livro Vapor de Max. Esta foi a melhor notícia de 2017 porque finalmente este autor foi publicado em formato livro depois de nos ter visitado muitas vezes nos festivais de BD do Porto, Lisboa, Amadora e Beja… Claro que o autor foi publicado na revista Quadrado mas isso não basta!

Sinopse: Vapor, um eremita exilado num estranho deserto bastante frequentado, enfrenta a tentação sobre as mais diversas formas, numa história surrealista, entre o minimalismo e o género fantástico, marcada por um humor delirante. Criador de Peter Pank, editor da revista Nosotros Somos los Muertos, um dos nomes maiores da El Vibora e colaborador frequente da New Yorker, o catalão Max, na sua fúria contra o mundo e no seu carinho pela arte dos comics, criou um heroísmo perfeito; tão absurdo que dói no nervo exacto onde a arte se deve sentir.

Entretanto chegaram mais títulos da última edição da Colecção Novela Gráfica e parece confirmar o que pensámos na altura, que este era o único título interessante da colecção, que só deu desilusões. Lamentamos ter divulgado o “light” Vivès e o bimbo do Hanuka. Na altura escrevemos isto: não queremos comprometer a nossa missão de divulgar obras em que não tenhamos um sentido de vazio após a sua leitura. Esperemos voltar a escrever sobre os outros títulos daqui um ano quando os livros chegarem à Bedeteca de Lisboa. Temos pena mas também temos pena da nossa carteira e a futura carreira universitária da nossa filha! Ao contrário dos primeiros dois anos da colecção em que foram lançados álbuns e autores de referência (Crumb, Baudoin,…) este ano a Colecção tem sido uma tanga – tanga por ser Verão ou tanga de opções?

Deixe um comentário

Filed under acervo da bedeteca, bd estrangeira, mercado

Bedeteca vai a Alcanena

workshopbd

Uma formação sobre BD e DIY para os alunos da escola de Alcanena dada por Marcos Farrajota. Uma organização da Materiais Diversos.

Deixe um comentário

Filed under formação

Tsuru

homem-passeia

A editora Devir começou no ano passado uma nova colecção de BD intitulada Tsuru. Esta colecção reúne autores japoneses clássicos e contemporâneos inovadores, reconhecidos pela sua contribuição para a arte da banda desenhada e também, para a cultura japonesa. O primeiro volume desta colecção foi O homem que passeia da autoria de Jiro Taniguchi, reeditando este livro que saiu em 2005 na colecção Clássicos da Banda Desenhada – Série Ouro. Esta nova edição conta com cerca de 100 páginas extra em relação à anterior.

O receio que esta colecção não fosse coerente como aconteceu com a Biblioteca de Alice (que tanto lançou o excelente Comprimidos Azuis de Frederik Peeters como o sofrível Anne Frank) não aconteceu até ao presente, pois publicaram também Nonnonba do mestre Mizuki. Esperemos que continue assim… Entretanto, como se diz “parabéns à Devir” em japonês?

Deixe um comentário

Filed under acervo da bedeteca, bd estrangeira

Encontro com a Banda Desenhada

peregrino-blindado-31

Na Gulbenkian, HOJE, às 16h há uma conversa sobre BD com João Paiva Boléo, António Jorge Gonçalves e Jorge Silva.

A partir da então apelidada «banda-desenhada de vanguarda» de Eduardo Batarda, O Peregrino Blindado (the blind penguin), As Aventuras do Dr. Bronstein – Proezas do Unfriendly Kid e Outras, publicada em 1973 pela Livraria-Galeria 111, de Manuel de Brito, em Lisboa, este Encontro derivará para as influências recíprocas entre a BD, a ilustração e as artes visuais em Portugal durante a década de 1960 e nos anos que antecedem e imediatamente sucedem à revolução do 25 de Abril de 1974. Outros exemplos de obras apresentadas na exposição Pós-Pop: Fora do lugar-comum, como os cartazes do 25 de Abril de Vespeira, Artur Rosa e João Abel Manta, ou as ilustrações deste último artista para o livro Dinossauro Excelentíssimo de José Cardoso Pires (publicado em 1972), servem também de mote ao desenvolvimento do tema. Esta conferência faz parte de um ciclo de encontros realizado no âmbito da exposição Pós-Pop. Fora do lugar-comum.

Deixe um comentário

Filed under acontecimentos, referência

Anarco-Comix

71ec4c71-c9d9-4241-8300-e763472e48bd

Não é só o jornal A Batalha interessada em BD e Ilustração para saudar as causas libertárias. Recentemente saiu o Bestiário, uma publicação que é e não é uma revista. O primeiro número anda em torno do Nojo – isto é, também do abjecto, do grotesco, do pestilento, do repulsivo, do informe, do luto. Todos os meios de expressão que caibam na folha de papel são abarcados: poesia, ensaio, conto, fotografia, banda desenhada, desenho, ilustração, coisas a meio disso. Nele convergem diferentes tipos de discurso: teoria política, música, filosofia, literatura, artes plásticas, cinema. Não aspira a coisa nenhuma senão ser lido. Participam Luís Henriques (capa), Zoe Näf, Ricardo Castro, Beatriz Bagulho, Ana Matilde Sousa, Hetamoé, António Baião, Sara Franco no que toca ao que nos interessa neste blogue.

2018_da_miseria-capa_2048x2048No meio das comemorações do Maio de 1968, a Antígona lançou Da Miséria no Meio Estudantil (original de 1966) que é um dos textos situacionistas mais célebres (…) Pequena bomba contestatária, deflagrou no Escândalo de Estrasburgo, quando jovens iconoclastas, eleitos no meio da apatia geral para a associação de estudantes local, fizeram questão de a dissolver e de publicar este libelo às custas da universidade. Este incendiário panfleto apontava o dedo à domesticação e à infantilização da camada estudantil, denunciando as universidades como «organizações institucionais da ignorância», ao serviço da sociedade de consumo (…) é agora republicada com vários anexos, entre os quais a banda desenhada O Regresso da Coluna Durruti, de André Bertrandque há quem diga que foi o gatilho para as pedras voarem por cima dos porcos.

Deixe um comentário

Filed under bd estrangeira, bd portuguesa, mercado, referência