Não é só o jornal A Batalha interessada em BD e Ilustração para saudar as causas libertárias. Recentemente saiu o Bestiário, uma publicação que é e não é uma revista. O primeiro número anda em torno do Nojo – isto é, também do abjecto, do grotesco, do pestilento, do repulsivo, do informe, do luto. Todos os meios de expressão que caibam na folha de papel são abarcados: poesia, ensaio, conto, fotografia, banda desenhada, desenho, ilustração, coisas a meio disso. Nele convergem diferentes tipos de discurso: teoria política, música, filosofia, literatura, artes plásticas, cinema. Não aspira a coisa nenhuma senão ser lido. Participam Luís Henriques (capa), Zoe Näf, Ricardo Castro, Beatriz Bagulho, Ana Matilde Sousa, Hetamoé, António Baião, Sara Franco no que toca ao que nos interessa neste blogue.
No meio das comemorações do Maio de 1968, a Antígona lançou Da Miséria no Meio Estudantil (original de 1966) que é um dos textos situacionistas mais célebres (…) Pequena bomba contestatária, deflagrou no Escândalo de Estrasburgo, quando jovens iconoclastas, eleitos no meio da apatia geral para a associação de estudantes local, fizeram questão de a dissolver e de publicar este libelo às custas da universidade. Este incendiário panfleto apontava o dedo à domesticação e à infantilização da camada estudantil, denunciando as universidades como «organizações institucionais da ignorância», ao serviço da sociedade de consumo (…) é agora republicada com vários anexos, entre os quais a banda desenhada O Regresso da Coluna Durruti, de André Bertrand, que há quem diga que foi o gatilho para as pedras voarem por cima dos porcos.